Galeria de arte africana

Esta máscara africana dos Fang ilustra uma das muitas variações estilísticas das máscaras Fang dos Ngil, que se distinguem pela sua fisionomia austera. O penteado com crista retoma um dos muitos modelos outrora usados ​​pelos Fang. Pátina branqueada localmente desgastada, destaques coloridos. Erosões e fissuras.
A aparição dessas máscaras geralmente revestidas de caulim (a cor branca evoca o poder dos ancestrais), no meio da noite, poderia causar terror. Este tipo de máscara era usado pela sociedade masculina ngil que hoje não existe mais. Esta sociedade secreta encarregava-se das iniciações e lutava contra a feitiçaria. O ngil era um rito de purificação do fogo simbolizado pelo gorila. Os portadores dessas máscaras, sempre em grande número, apareciam à noite, iluminados por tochas. A sua intervenção estava também ligada à função judicial ao apontar os culpados de más ações na aldeia. A etnia Fang, estabelecida em uma região que se estende de Yaoundé, em Camarões, a Ogooué, no Gabão, nunca teve unidade política. A coesão do clã era mantida por meio de associações religiosas e jurídicas como so e ngil.