Galeria de arte africana

Ferramenta de comunicação com os ancestrais, utilizada pelo adivinho durante rituais de adivinhação. Integrando a categoria dos objetos nkisi, nkishi, esta escultura pretende ser o receptáculo da energia espiritual. Os Luba, assim como seus vizinhos, utilizam esse tipo de objeto ligado à adivinhação kashekesheke chamado katatora e lubuko . Segundo François Neyt, o objeto foi esculpido em madeira (kibekwasa) com propriedades mágicas.
Durante a entrevista, o anel foi agarrado pelo adivinho e seu cliente, que o fez deslizar sobre uma esteira ou apoio de cabeça em resposta às perguntas feitas (produzindo o som "kashekesheke", "extração da verdade"). Considerado feminino, o objeto é um símbolo, para os Luba, do poder espiritual à disposição da mulher.

Os Luba, ou Baluba em Chiluba, são um povo da África Central. Seu berço é Katanga, mais precisamente a região do rio Lubu (Baluba ou “os Lubas”). No século XVI criaram um estado, organizado em chefia descentralizada, que se estendia do rio Kasai ao lago Tanganica. As chefias cobrem um pequeno território sem fronteira real que reúne no máximo três aldeias.
Fonte: “Luba, Roberts”.